quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sua melhor parte

Sentada no banco do metrô, escutava suas músicas e mexia a boca conforme a letra, murmurando para que ninguém ali a ouvisse cantar, aquela música parecia embalar a sua vida, traduzindo em melodia tudo o que essa havia passado seus sentimentos, suas feridas, e suas alegrias, estava tudo ali naquela canção de rock que adorava, ali perto no mesmo local, um menino ouvia coincidêntemente a mesma música, e também cantava baixinho, surpreendentemente o mesmo verso dá letra acompanhando com os pés o ritmo da bateria.
Porém, nenhum dos dois se conhecia... Ela era do tipo de menina meio desajeitada, e que pensava que não tinha beleza ao menos suficiente pára que alguém de seu interesse olhasse para a mesma, de tanto achar, queria ficar solteira pois não tinha interesse em sofrer mais, por ninguém, na sua cabeça isso sempre foi uma ilusão. Já ele era aquele garoto que não tinha razão em estar sozinho era muito simpático, procurava alguém com um estilo próximo ao dele, alguém com defeitos e tudo mais, não se importava, contanto que o completasse, ele saberia respeitá-la.
De repente um vento sopra no rosto desses dois jovens, ao mesmo tempo com que isso acontece, eles se olham, o coração dos dois fica apertado, acelerado, suas mãos soam frio rapidamente a garganta fica seca, sabiam que estavam sentindo algo inexplicável, as coincidências não pararam, pois com o vento veio o final da música e nesse os dois murmurando a canção continuaram... “... Somos o que dá pra fazer, o que não dá pra evitar, e não se pode esconder..." na hora ela se encantou por ele, pois era o jeito que ela queria, com cabelinho meio compridinho, all star, parecendo terem os mesmos gostos de música e estilo. Ele sentiu a mesma coisa, era o tipo de menina a qual ele quis, mas estava cansado de procurar. Ela (cabelos médios, castanhos) um tanto quanto tímida se virou rapidamente para frente, (não deixando de olhar para ele) ela tremia, não pelo vento mas pelas sensações que isso a causára, ele (cabelo compridinho, escuro, olhos puxados, pois era japones)  já não era assim tão tímido, sentiu interesse, e se arriscou em perguntar o nome dela:
Ele: - Qual o seu nome moça?
Ela - (seu jeito envergonhado e risonho...) -
- É Sarah - (bastou ele perguntar para ela então criar coragem) -
- E o seu?
Ele: - É Yukio.
Logo começou uma conversa, ele perguntou a idade, ela havia feito dezessete e ele tinha dezenove. Sentiram um interesse mútuo. Contudo, o metrô pára e com isso entram muitas pessoas, impedindo Sarah e Yukio de se enxergarem, a próxima parada era a dela, os dois não conseguiram conversar, um procurava tentar olhar o outro, mas a multidão ocupou o metrô inteiro, logo este parou e ela teve que descer, com um pouco de dificuldade em passar pelas pessoas, conseguiu chegar até a porta e sair (com vontade de ficar), mas ele continuou lá dentro, os dois nem se quer conseguiram se despedir. Sarah sentiu um enorme vazio! Do qual não conseguia explicar, então se perguntou:
- O que é isso que sinto?!
- Será que é aquilo de novo?!
- Eu não sei se eu consigo passar por isso novamente! (Pensou)
- Por favor, eu não quero isso! Não mais!
Afinal, não só ela mas, os dois perceberam imediatamente que se completavam.
De repente, o vento frio que soprava parou no ar. O metrô também pára e de dentro dele o jovem encantado, sai correndo, as portas se abrem ele surge dizendo:
- Cadê a Sarah?
E continua em direção a ela, que o espera assustada e esperançosa com a intuição de algo bom acontecendo, ele a abraça apertado e ofegante diz:
- Não suma! Quando nos olhamos senti, que preciso de você perto!
Ela sorriu assim como se fosse um alívio e derramou uma lágrima de alegria. Sarah retribuiu o abraço respondendo...
- Eu também preciso muito de você!
Os dois pararam com o longo abraço, e seguiram conversando, nem continuaram o rumo pra onde iriam aquela tarde, preferiram seguir o coração, era do que precisavam... Cada assunto que conversavam se encaixava perfeitamente com suas opiniões, no gosto musical praticamente todas as bandas e artistas que ela gostava ele também, conhecia todas as bandas e músicas sem exceção alguma. Os corações dos dois batia forte quando se olhavam, sentiram uma sensação diferente de todas as outras. Apaixonaram-se na hora e ela percebeu então, que ele. É sua melhor parte.


(Helen P.)

2 comentários:

  1. *-*-*-* de verdade, amei teu texto. Lendo ele consegui imaginar TODAS as cenas, o que fez com que o texto se tornasse mais interessante ainda *-*-*
    Só uma crítica '-' :
    Eu achei que algumas palavras não ficaram adequadas ao texto, por causa da linguagem dele. Não sei explicar direito, mas eu não usaria, e mudaria algumas das palavras, substituindo por sinônimos, talvez. Mas ficou muito bom mesmo! (:

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  2. Muito obrigada, Bea! ;D
    Já mudei algumas, espero que tenha ficado melhor.
    Obrigada mesmo! ;]

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